Recentemente algumas pessoas me perguntaram sobre isso, então resolvi escrever aqui caso mais alguém tenha dúvidas sobre esse assunto.
Essa pergunta geralmente aparece porque as pessoas confundem cetose nutricional com cetoacidose (que é uma doença), que são coisas totalmente distintas.
Neste post eu quero te mostrar as diferenças e te deixar tranquilo quanto à cetose nutricional.
Se você ainda ficar com dúvidas, é só escrever na parte de comentários, logo depois do texto.
O que é cetose mesmo?
Fazer uma dieta cetogênica (ou seja, uma dieta com um teor BEM reduzido de carboidratos – geralmente algo em torno de até 30g/dia, moderada em proteína e alta em gorduras) pode ser uma estratégia para diferentes objetivos: emagrecimento, tratamento/melhora do controle glicêmico em casos de diabéticos do tipo 2, e tratamento auxiliar em indivíduos com epilepsia, por exemplo
Estar em Cetose significa dizer que o nosso corpo está usando como fonte de energia principalmente os corpos cetônicos (substâncias produzidas pelo nosso fígado a partir da gordura) e não a glicose como é o habitual.
É importante entender que para o nosso corpo é normal utilizar corpos cetônicos como fonte de energia.
Alguns tecidos específicos no nosso corpo utilizam apenas glicose, e esses tecidos não irão sofrer qualquer prejuízo, pois mesmo numa dieta cetogênica o nosso corpo é capaz de produzir glicose suficiente para suprir essas demandas (em um processo chamado gliconeogênese).
Qual a diferença para a cetoacidose (uma doença)?
A diferença entre uma cetose nutricional (que conseguimos com dieta Low Carb ou durante jejuns) e cetoacidose (que é um quadro grave que leva a alteração do pH sanguíneo por conta do excesso de corpos cetônicos) está basicamente na quantidade de corpos cetônicos produzidos em cada caso.
iNo caso da Cetose nutricional, a quantidade geralmente varia de 10 a 50mg/dl.
Na cetoacidose diabética, por exemplo, os corpos cetônicos geralmente ultrapassam a casa dos 350mg/dl.
Um indivíduo não diabético raramente (para não dizer nunca) terá cetoacidose porque o corpo tem mecanismos de proteção à isso (quando chega a níveis elevados, o corpo produz insulina e aumenta a excreção de corpos cetônicos pela urina).
Já um diabético tipo 1 ou tipo 2 avançado, não terá essa proteção pois não consegue fabricar insulina devidamente.
Entendem a diferença? Não precisa ficar com medo de dieta cetogênica, pois ela pode ter boas aplicações!
Mas só lembrem que ela não é a única (nem de longe) solução para emagrecer ok?
Dúvidas nos comentários e, se gostar do post, por favor compartilhe nas redes sociais 😉
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