Uma metanálise sobre o tema (3) publicada em 2015 reuniu 13 estudos que utilizaram os TCMs cáprico e caprílico (também presente no óleo de coco, mas em menor quantidade) para testar seu impacto no gasto energético e perda de peso. A conclusão da revisão foi que de fato há aumento do gasto energético e EXISTE A CHANCE DE REDUÇÕES MODESTAS DE PESO.
O problema é que pouquíssimos estudos usam ÓLEO DE COCO VIRGEM “in natura” (eles usam dois ácidos graxos isolados). Encontrei 2 estudos (4 e 5, mas certamente existem mais) utilizando o óleo de coco in natura como fonte de TCM da dieta. Em um não houve diferença no gasto energético (calorias) dos participantes após o uso contínuo do óleo durante 14 dias (houve um aumento significante apenas nos primeiros dias que foi atenuado com a continuação do uso); no outro (estudo piloto) houve uma redução da circunferência de cintura apenas nos homens que participaram da pesquisa com redução da gordura visceral.
Ou seja, ao que tudo indica o consumo de óleo de coco, por si só, provavelmente não emagrece ou talvez colabore apenas com uma pequena redução da gordura abdominal em parte da população 🤷 Não quero desmerecer o óleo de coco virgem (que tem DIVERSOS BENEFÍCIOS que serão citados em outro post). Mas nesse caso não dá para extrapolar os benefícios comprovados dos TCMs cáprico e caprílico no aumento do gasto energético ao óleo de coco (40% ác. láurico).
REFERÊNCIAS
1. Effects of different medium-chain fatty acids on intestinal absorption of structured triacylglycerols.
2. Comparison of effects of lauric acid and palmitic acid on plasma lipids and lipoproteins
3. Effects of Medium-Chain Triglycerides on Weight Loss and Body Composition: A Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials
4. Enhanced postprandial energy expenditure with medium-chain fatty acid feeding is attenuated after 14 d in premenopausal women
5. An open-label pilot study to assess the efficacy and safety of virgin coconut oil in reducing visceral adiposity.