Essa é a pergunta do milhão! Tenho certeza que você vai se surpreender com a resposta…
Mas tem que ler o post até o final pois é muito importante o que queremos dizer com “chocolate”.
Sim, isso pode causar confusão!
Leia e, se tiver dúvidas, escreva nos comentários. Se gostar da minha opinião, compartilhe o post nas redes sociais.
Você pode estar pensando: “uai, mas é aquele que tem no supermercado, existe desde sempre”.
Calma, não é deste que estou falando.
Claro que estou falando de um chocolate com alto teor em cacau (pelo menos 70%), já que é dele (o cacau) que vem os principais benefícios dessa guloseima que tanto amamos.
A “barra de açúcar com essência de cacau” que vulgarmente conhecemos como “chocolate ao leite” não tem como ser vista como algo saudável para se ter na rotina, pois o teor de açúcar e gordura de má qualidade (gordura vegetal hidrogenada) são muito elevados, além do principal elemento fonte de antioxidantes (o cacau) estar em baixíssimas quantidades.
Para vocês terem uma ideia, em 25g (uma fileirinha) de chocolate ao leite temos 15g de açúcar, no 70% cacau temos em média 8g, enquanto no 85% temos em média 4,5g.
Por isso, eu indico aos meus pacientes que consumam na rotina até 20g do 85%.
Então, respondendo à pergunta principal do post, sim, você pode, desde que com teor de cacau acima de 70% e em quantidades moderadas (normalmente não passando de 20 gramas ao dia).
Falando dos benefícios dessa maravilha, já se tem muita evidência que o consumo rotineiro dos flavonoides presentes no cacau pode auxiliar na redução da pressão arterial, melhora da sensibilidade a insulina (nesses casos a utilização do cacau em pó em preparações ao longo do dia é ainda melhor que o consumo do chocolate, para minimizarmos ao máximo a presença do açúcar), diminuição discreta na susceptibilidade de oxidação do LDL (lembrem que é a LDL oxidada que leva à piora do risco cardiovascular) e aumento da capacidade antioxidante do corpo.
Esse conjunto de ações faz do chocolate amargo (de novo, mais de 70% de cacau) um bom alimento para ser usado como coadjuvante na melhora do risco cardiovascular.
- Effects of chocolate, cocoa, and flavan-3-ols on cardiovascular health: a systematic review and meta-analysis of randomized trials – Am J Clin Nutr 2012.
- Daily Consumption of a Dark Chocolate Containing Flavanols and Added Sterol Esters Affects Cardiovascular Risk Factors in a Normotensive Population with Elevated Cholesterol – J. Nutr. 2008.
- Effects of cocoa powder and dark chocolate on LDL oxidative susceptibility and prostaglandin concentrations in humans – Am J Clin Nutr 2001.
Últimas Postagens
Receita de Pizza individual low carb
Ingredientes para a massa: - 1 ovo - ½ colher de sopa de azeite de oliva - 1 colher de sopa cheia de farelo de aveia - 1 colher de sopa cheia de farinha de castanha de caju ou amêndoas (ou qualquer oleaginosa) - 1 colher de chá cheia de psyllium - 1 pitadinha de nada...
Queijos brancos versus Queijos amarelos
Os queijos amarelos/maturados costumam concentrar uma quantidade maior de gorduras e proteínas (consequentemente são mais calóricos), são naturalmente isentos de carboidratos (lactose), possuem maior prazo de validade e costumam derreter mais quando são aquecidos 🧀 Já...
Farelo de aveia versus Aveia em flocos
Enquanto a aveia em flocos (ou farinha) trata-se do grão da aveia inteiro, o farelo é apenas a camada externa (comestível) do grão. O farelo, embora não muito saboroso, é uma opção um pouco melhor que a aveia para ser incluída no dia a dia daqueles que estão em fase...
0 comentários